terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Manifesto de insónia


Posso abdicar do silêncio no meu sono

Prefiro o sono no silêncio
Saber-me só agoniza tanto
Como golpes de uma lâmina em carne viva
E constrangedor vem sendo o sossego
De quem se sabe sossegado
Não esperando recompensa.
Quero desligar a consciência por uma vez
E ver projecções do meu consciente,
Ser sombra interior que se ilumina
Para não carregar por fora
O peso mórbido de viver tarde.

Ricardo Domingues

(após uma semana a adormecer sempre mais de 2 horas depois de se deitar)

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