segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carlos Ramos once


O fulano sentou-se na relva esbatida pela névoa. Só precisava de cinco minutos. Acomodou-se no piso húmido e no compasso dos ponteiros do relógio. Ali permaneceu, contemplando silhuetas alvoroçadas e inquietas em vícios e labores. Aquele volume caiado intimidava-o…
Sentiu-se velho, levantou-se e seguiu em direcção a mais um ano esgotado.
Ricardo Domingues

1 comentário:

Unknown disse...

E ao fim do sétimo dia
o tuberculoso só quer matar a traça do sonho
porque já sem nada à sua frente
segue ao ritmo de um deambulo mudo
numa ode sem lira
porque até as vuvuzelas se calaram