sábado, 31 de julho de 2010

Verão


Condescendentes.
Os dias têm sido condescendentes,
Passivos no meu ócio,
Na rua e nos conhecidos,
Nas horas do café,
Nas composições de Ian Curtis.
Prescrevem sigilos oprimidos
Em actos e omissões,
Ilibam-me de receios e medos,
Desabrocham papoilas e semblantes em regozijo
De cada vez que uma sombra anuncia o Sol
No interior do meu lar.

Ricardo Domingues

quarta-feira, 28 de julho de 2010

"The Suburbs" já espreita!

Caros leitores, eu tentei resistir (tentei mesmo) até ao dia 2 de Agosto, mas foi mais forte do que eu! Queria mesmo partilhar estes vídeos convosco apenas no dia do lançamento do seu tão aguardado 3º álbum, sabem, para não parecer obcecado... mas com estes senhores é-me muito difícil!
Aqui ficam duas amostras da genialidade dos
Arcade Fire.
Primeiro vídeo: performance acústica, num elevador, da música "Neon Bible" do álbum Neon Bible. Soberbo!



Segundo vídeo: realização de um vídeo por um fã para o tema "The Suburbs" do novo álbum The Suburbs.




Sabe-me bem ouvir músicas deste género!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Fragmentos de ficção


Findam ciclos, prosperam eras,
O tempo passa:
Esse parece incorruptível!

A angústia pelo que foi feito,
E tudo o que não se concretizou,
Brota descaradamente de um sossego
Reproduzido num qualquer cut-up mal enjeitado
À luz de uma realidade profícua.

A verdade jaz latente
Num universo com fragmentos de ficção.



Ricardo Domingues. Fotografia por Rui Cardoso

sexta-feira, 23 de julho de 2010

To Lose My Life

Na falta de novos sons para ouvir, visto que já estava um pouco cheio dos que tinha, comecei a escutar músicas dos artistas que iam marcar presença na edição deste ano do festival Paredes de Coura e fiquei colado em White Lies: boas composições (a roçar um Post-Punk à la Joy Division) e voz envolvente e persuasiva do vocalista Harry McVeigh. "To Lose My Life", do álbum To Lose My Life dos White Lies.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carlos Ramos once


O fulano sentou-se na relva esbatida pela névoa. Só precisava de cinco minutos. Acomodou-se no piso húmido e no compasso dos ponteiros do relógio. Ali permaneceu, contemplando silhuetas alvoroçadas e inquietas em vícios e labores. Aquele volume caiado intimidava-o…
Sentiu-se velho, levantou-se e seguiu em direcção a mais um ano esgotado.
Ricardo Domingues