Assim é. SANAA, a dupla de arquitectos japoneses constituída por Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, foi laureada este Domingo com o Pritzker Prize, a maior distinção no ramo da Arquitectura.
Não vou dizer que foi o meu primeiro palpite mas também não fiquei surpreso. É de grande mérito todo o trabalho realizado por estes dois arquitectos, que tem procurado criar uma arquitectura de cenários despretensiosos integrados na sua envolvente, de onde resulta uma simplicidade muito apreciada e grande economia de recursos, desde os museus de arte, edifícios universitários e boutiques sofisticadas que desenharam para o Japão, Europa e Estados Unidos.
"Eles exploram como poucos as propriedade fenomenais do espaço contínuo, leveza, transparência e materialidade", escreveu o júri do prémio.
Isto deixa-me deveras contente. Não costumo deixar-me encantar pelo mediatismo e fama que os arquitectos adquirem mas não posso deixar de esconder uma certa euforia por saber que Portugal vai albergar mais um projecto de um Pritzker (neste caso dois!) e construir um novo museu projectado por esta dupla. Refiro-me ao Pólo 2 de Serralves, em Matosinhos.
Tive a oportunidade de ver os projectos finalistas do concurso internacional para a concepção do novo pólo, de onde constavam nomes como David Chipperfield, Eduardo Souto Moura, Carrilho da Graça, os próprios SANAA, entre outros, e devo confessar que, para mim, ganhou o melhor. Resta-me portanto parabenizar Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa duas vezes, uma pelo prémio ganho hoje (merecidíssimo) e outra pela contribuição arquitectónica para Portugal.